sábado, 6 de setembro de 2014

PRÊMIOS LITERÁRIOS

Recompensa e garantia de qualidade conferidas ao autor e à sua obra literária


Há prêmios literários disponíveis pelo país afora. Mediante concursos, voam no espaço da internet, como meio de divulgação. Tantas academias de letras, tantas escolas, tantas administrações públicas embarcam nessa jornada. Todos dizem que o objetivo é incentivar a produção de textos literários. Outros há que dizem que estão promovendo esses movimentos, procurando ajudar a revelar escritores. Vale também como incentivo à leitura. Isso vale, mesmo considerando que mais da metade da população brasileira não vai muito além de analfabetos funcionais. Assim, produzir qualquer coisa que seja, seria uma porta aberta ao desenvolvimento cultural.  
Tudo é válido, quando o pensamento, as ações e as intenções forem bem dirigidas. Com isso, estão incentivando a produção literária com a objetividade propugnada. Propugnando estão o surgimento de novos autores, já que os atuais não têm conseguido também fazer nenhum rugido além das fronteiras. Nem os autores amadores nem os profissionais. Exceto Paulo Coelho. 
A reduzida repercussão literária dos autores nacionais não vai, pois, além das fronteiras. Este fato é constatado pelas listagens dos melhores livros editados no mundo, segundo diversas fontes. Em nenhuma delas há referência de algum livro ou de algum autor brasileiro. Isto significa que não há nenhum autor nacional digno de figurar entre as obras de vulto do cenário mundial da literatura? Várias justificativas vêm à tona. Mesmo assim, um pouco de verdade deve persistir.     
Geralmente, nesses concursos abertos a cada dia, há um concorrente que deverá ser premiado e 99% deles deverão ficar frustrados, ao final do processo. Alguns desses concursos chegam a milhares de concorrentes. Milhares de frustrados, em consequência, tendo em vista que todos imaginam que seus textos mereceriam os troféus imaginados.
De outra forma, os juízes – pessoas que analisam e julgam os textos nos concursos – podem não dispor de tempo suficiente para a tarefa na sua extensão, porque o trabalho exige muito esforço e capacidade cultural específica. Fica a dúvida quanto aos resultados que poderão advir com essa promoção.
Finalmente, que fazer com 99% dos textos não premiados dos concorrentes eliminados? Devolver? Nem pensar. Impossível. Portanto, seguem para o lixo. São tantas fantasias de concorrentes destinadas ao lixo.
Eis a questão. Melhorou em alguma coisa a cultura literária do país com todo esse empenho? Em confrontação, nenhum escritor brasileiro alcançou ainda o prêmio maior da literatura universal: O PRÊMIO NOBEL.

PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA

Este prêmio foi intituído em 1901,  na Suécia, e é conferido a um escritor de qualquer nacionalidade, uma vez por ano, embora não tenha sido concedido nos anos de 1940 a 1943. Foi instituído pelo sueco, Alfred Nobel, para distinção ao trabalho literário mais significativo, produzido em direção ideal. Significa uma obra inteira desse escritor, seus principais livros, sua mentalidade, seu estilo, sua filosofia, sem distinguir obra em particular.
A Academia Sueca é quem escolhe esse escritor e o anuncia no começo do mês de outubro de cada ano. Este é o maior e mais distinto prêmio que um escritor pode almejar dentro do ramo da literatura.
E nenhum escritor brasileiro chegou lá.
O primeiro escritor premiado pelo Prêmio Nobel de Literatura  foi o francês Sully Prudhomme, em 1901, em reconhecimento à sua composição poética de idealismo elevado, da perfeição artística e das qualidades do coração e do intelecto. Depois dele, outros 109 escritores foram laureados com esse prêmio.
A América Latina foi contemplada por cinco vezes. O primeiro prêmio foi concedido em 1945 a Gabriela Mistral (1889 – 1960) Chile; depois, em 1967, a Miguel Angel Asturias (1899 – 1974) Guatemala; em continuidade, em 1971, a Pablo Neruda (1904 – 1973) Chile; em seguida, em 1982, a Gabriel Garcia Marquez (1927 – 2014) Colômbia; finalmente, em 2010, a Mario Vargas Llosa (1936) Peru.
Em língua portuguesa, em 1998, apenas José Saramago (1922 – 2010) Portugal foi agraciado com esse prêmio.
Como se vê, o Brasil ainda não subiu ao pódio literário na Suécia, embora haja 194 academias de letras em funcionamento no país. Além dessas academias, há associações, instituições e agremiações que têm por objeto os estudos e a produção literária. Além disso, uma população de mais de duzentos milhões de habitantes é configurada por possuir representantes literários ainda não considerados dignos de receber essa láurea. Há de ser reconhecer.  
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